Coloco aqui minhas reflexões, minhas poesias, poesia de terceiros, textos, algumas brincadeiras e muita paz de espírito.

sábado, 8 de agosto de 2020

Fotógrafa registra parto empelicado raro no Espírito Santo

  

A foto acima mostra o nascimento do pequeno Noah, registrado pela fotógrafa Jana Brasil em Vila Velha, no Espírito Santo.

O parto foi empelicado, o que significa que o bebê veio ao mundo ainda dentro do saco amniótico.

 

Se você achou estranho, não se preocupe: embora este tipo de nascimento seja bastante raro, a criança não corre perigo nenhum enquanto está no saco amniótico. Pelo contrário, está protegida.

Uma vez que ele não se rompe sozinho durante o trabalho de parto, precisa ser aberto depois pelo obstetra ou parteiro, momento em que o bebê finalmente toma seu primeiro fôlego.

 

Rei dos bebês empelicados

As imagens de Noah envolvido na membrana amniótica viralizaram depois de serem postadas nas redes sociais por Jana.

Embora partos empelicados só ocorram uma vez a cada 80.000 nascimentos, a fotógrafa já documentou três deles somente no Espírito Santo.

 

Todos foram conduzidos pelo ginecologista e obstetra Rafael Baggieri, que tem sido chamado de “rei dos bebês empelicados” segundo o portal Catraca Livre.

O médico já era um sucesso nas redes sociais por sua simpatia, competência e pelo atendimento gratuito para mulheres de baixa renda na Grande Vitória. De acordo com aFolha Vitória, ele comanda um projeto que atende aproximadamente 20 grávidas todo mês desde 2013.

Uma das pacientes do profissional, Thalita Herrera de Alvarenga, possui um problema raro no sangue, o que tornava sua gravidez de risco. “Eu tinha muito medo do parto, pois era muito provável eu não sobreviver, mas a cada consulta eu ficava mais tranquila. É muito importante ter um médico humano, porque às vezes a pessoa não precisa de consulta, mas só de ouvir algumas palavras, sem aquela coisa mecânica”, contou à FolhaVitória. [CatracaLivre, FolhaVitória, JanaBrasil]


 Fonte: https://hypescience.com/parto-empelicado

 

  

  

domingo, 19 de janeiro de 2020

Eu nunca quis um marido, eu sempre quis um companheiro




Eu nunca fiz questão de festa de casamento, de vestido de noiva e de um anel caríssimo de brilhantes. Não é isso que faz a minha cabeça.


Eu nunca fiz questão de festa de casamento, de vestido de noiva e de um anel caríssimo de brilhantes. Não é isso que faz a minha cabeça. Eu não preciso de um papel assinado para provar que sou sua mulher, faz-me sentir que sou a tua mulher, faz-me tua! E eu serei sempre.

Tu podes colocar uma aliança de bambu no meu dedo, desde que seja com VERDADE, que ela não seja somente para mostrar o nosso compromisso ao mundo, que eu ficarei feliz se ela não tiver ouro, mas tiver AMOR. E se tu a usares com felicidade e não por mera formalidade.

Eu tampouco quero exigir-te fidelidade, pois creio que fidelidade e amor ninguém obriga nem agradece; Quando existe um destes sentimentos muito forte, o outro complementa espontaneamente, sem obrigações, sem cobranças. A lealdade é fruto desta união e é isso que me interessa.

Eu dispenso a festa, se for para mostrar aos nossos amigos como estou feliz, quem me conhece não precisa disso e quem não me conhece não me importa… os meus amigos sabem que eu encontrei o amor, só pelo brilho nos meus olhos; Nunca quis um marido para a cerimônia, sempre quis um companheiro que fizesse da nossa rotina uma grande alegria e da nossa cama uma festa. Não me dês presentes caros, dá-me sorrisos!

Eu nunca quis um MARIDO para me acompanhar nos rituais natalícios e reuniões de família, sem a menor vontade, só porque PRECISA estar ali; Eu sempre quis um parceiro, que mesmo no final do campeonato de futebol, com a sua equipa em campo me dissesse “Vamos! Eu assisto ao jogo com os teus primos – adversários!”. Percebes a diferença?

Parceria pode ser absolutamente oposta ao casamento, mesmo que não devesse nunca ser assim. Eu nunca quis passar o ano todo planeando um roteiro para os 7 dias corridos de férias no final do ano, porque eu não preciso passar o ano novo em Cancun, eu sempre quis um companheiro que me fosse pegar mais cedo no trabalho numa quinta-feira e que subíssemos a serra para passarmos 24 horas juntos…

Eu nunca quis um MARIDO que levasse a minha família para jantar no meu aniversário e me desse uma bolsa qualquer de presente, porque isso é o correto a se fazer; Eu quero um companheiro que me deixe um bombom debaixo do travesseiro para quando eu chegar… que ligue para a minha família e diga “Venham aqui para casa!”, que não me faça declarações com um helicóptero, mas que me diga, todos os dias, baixinho ao pé do ouvido, o quanto eu sou importante.

Eu não quero um marido para posar comigo nas fotos, para me levar nos eventos da firma; Eu quero um companheiro para produzir boas lembranças, para ser, um dia, aquela foto que dá saudade, de um momento rotineiro na varanda… um companheiro para depois do evento da firma perguntar “E agora, vamos esticar-nos aonde?”.

Eu não quero um marido que só fique à minha espera na sala do pronto socorro, eu sempre quis um companheiro que me fizesse um chá quando eu estivesse com gripe. Isso é cuidado, zelo, e casamento, infelizmente, às vezes é outra coisa. Portanto, não te cases comigo apenas, mais do que isso: VIVE ao meu lado.

Eu não quero um marido para cumprir os protocolos; Eu quero um companheiro, para quebrarmos todos eles!

Eu não quero um marido para envelhecer comigo; Eu quero um COMPANHEIRO que me ajude a manter o meu espírito sempre jovem. Um companheiro que envelheça junto comigo e que ria dos meus cabelos brancos…

(…) Eu sempre quis um companheiro que me levasse para a cama quando eu adormecesse no sofá.

Eu nunca quis um marido só para brindar; Eu sempre quis um companheiro para abrir uma garrafa quando o dia tiver sido péssimo.

Eu nunca quis um marido para procriar. Para revezar as trocas de fraldas noturnas. Eu sempre quis um companheiro que entendesse o meu cansaço e que me oferecesse o ombro para descansar.

Não precisas fazer massagens tântricas nos meus pés, apenas deixa-me esticar as pernas por cima das tuas…

Eu nunca quis um MA-RI-DO para pagar todas as minhas contas. Eu sempre quis um companheiro para crescer juntos. Nunca quis um marido que me levasse para conhecer o mundo, apenas quis um companheiro para conquistar o mundo, para construirmos um mundo nosso. Para nos bastarmos num dia chuvoso. Para sermos felizes a comer macarrão com ovo! Para rirmos quando o dinheiro apertar… e para querer dividir não só o carro e a conta bancária, mas a alma, a vida e os medos quando a noite chegar; os abraços, o céu, as estrelas, no nosso espaço e por todas as galáxias… que me deixe ser o astro no seu sistema solar!

Mas não precisa ser eterno. Eu só quero que seja verdadeiro enquanto durar. E que esse durar, seja leve, enquanto eu respirar.


Por
 Bruna Stamato
Bruna Stamato 
http://www.brunastamato.com.br/
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terça-feira, 2 de junho de 2015

Ótima analogia sobre vida após a morte...

Um escritor húngaro explicou a existência do Deus invisível com uma ótima analogia:
No ventre de uma mãe havia dois bebês. Um perguntou ao outro:
“Você acredita em vida após o parto?”
O outro respondeu:
“É claro. Tem que haver algo após o parto. Talvez nós estamos aqui para nos preparar para o que virá mais tarde.”
“Bobagem”, disse o primeiro.
“Não há vida após o parto. Que tipo de vida seria essa?”
O segundo disse,
“Eu não sei, mas haverá mais luz do que aqui. Talvez vamos poder andar com as nossas pernas e comer com nossas bocas. Talvez teremos outros sentidos que não podemos entender agora.”
O primeiro respondeu:
“Isso é um absurdo. Andar é impossível. E comer com a boca? Ridículo! O cordão umbilical nos fornece nutrição e tudo o que precisamos. Mas o cordão umbilical é muito curto. A vida após o parto logicamente está fora de questão.”
O segundo insistiu,
“Bem, eu acho que há alguma coisa, e talvez seja diferente do que é aqui. Talvez a gente não vai precisar mais deste tubo físico.”
O primeiro respondeu:
“Bobagem. E além disso, se há mesmo vida após o parto, então por que ninguém jamais voltou de lá? O parto é o fim da vida, e no pós-parto não há nada além de escuridão e silêncio e esquecimento. Ele não nos leva a lugar nenhum.”
“Bem, eu não sei”, disse o segundo,
“mas certamente vamos encontrar a Mãe e ela vai cuidar de nós.”
O primeiro respondeu:
“Mãe? Você realmente acredita em Mãe? Isso é ridículo. Se a Mãe existe, então onde ela está agora?”
O segundo disse:
“Ela está ao nosso redor. Estamos cercados por ela. Nós somos dela. É nela que vivemos. Sem ela este mundo não seria e não poderia existir.”
Disse o primeiro:
“Bem, eu não posso vê-la, então é lógico que ela não existe.”
Ao que o segundo respondeu:
“Às vezes, quando você está em silêncio, se você se concentrar e realmente ouvir, você pode perceber a presença dela, e pode ouvir sua voz amorosa, lá de cima.”


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sexta-feira, 29 de maio de 2015

Fique com alguém que não tenha dúvidas


 


Quando a gente quer muito uma pessoa, a gente se engana. A gente tenta encaixar aquele outro ser humano em posições que nunca foram dele. A gente clama ao universo para um sim em algo que já começou destinado ao não. A gente quer, e a gente bate o pé e faz pirraça feito criança para conseguir. Mas um dia a gente percebe que amor tem que ser uma via de mão dupla. Amor tem que ser fácil, tem que ser bom, tem que ser complemento, tem que ser ajuda. Amor que é luta é ego. Amor que rebaixa é dor. E então a gente aprende que amor que não é amor, não encaixa, não orna, não serve.

Fique com alguém que não tenha conversa mole. Que não te enrole. Que não tenha meias palavras. Que não dê desculpas. Que não bote barreiras no que deveria ser fácil e simples. Fique com alguém que saiba o que quer e que queira agora.

Fique com alguém que te assuma. Que ande com orgulho ao seu lado. Que te apresente aos pais, aos amigos, ao chefe, ao faxineiro da firma. Que segure a sua mão ao andar na rua. Que não tenha medo de te olhar apaixonadamente na frente dos outros. Fique com alguém que não se importe com os outros.

Fique com alguém que não deixe existir zonas nebulosas. Que te dê mais certezas do que perguntas. Que apresente soluções antes mesmo dos questionamentos aparecerem. Fique com alguém que te seja a solução dos problemas e não a causa.

Fique com alguém que não tenha traumas. Que não tenha assuntos mal resolvidos. Que saiba que para ser feliz, tem que deixar o passado passar. Fique com alguém que só tenha interesse no futuro e que queira esse futuro com você.

Fique com alguém que te faça rir. Que te mostre que a vida pode ser leve mesmo em momentos duros. Que seja o seu refúgio em dias caóticos. Fique com alguém que quando te abraça, o resto do mundo não importa mais.

Fique com alguém que te transborde. Que te faça sentir que você vai explodir de tanto amor. Que te faça sentir a pessoa mais especial do universo. Fique com alguém que dê sentido à todos os clichês apaixonados.
Fique com alguém que faça planos. Que veja um futuro ao seu lado. Que te carregue para onde for. Que planeje com você um casamento na praia, uma casa no campo e um labrador no quintal. Fique com alguém que apesar de saber que consegue viver sem você, escolhe viver com você.

Fique com alguém que não se esconda. Que não te esconda. Que cada palavra seja direta e clara. Que não dê brechas para o mal entendido. Que faça o que fala e fale o que faça. Fique com alguém cujas palavras complementam suas ações.

Fique com alguém que te admire. Que te impulsiona pra frente. Que te apoie quando ninguém mais acreditar em você. Que te ajude a transformar sonhos em realidade. Fique com alguém que acredite que você é capaz de tudo aquilo que queira.

Fique com alguém que você não precise convencer de que você vale a pena. Que não tenha dúvidas. Fique com alguém que te olhe da cabeça aos pés e saiba, sem hesitar, que é você e só você.

Fique com alguém que te faça olhar para trás e agradecer por não ter dado certo com ninguém antes. Fique com alguém que faça não existir mais ninguém depois.
“- Existe uma palavra em alemão: Lebenslangerschicksalsschatz. E a mais próxima tradução seria ‘O tesouro do destino ao longo da vida.’ E Victoria é  ’wunderbar’, mas ela não é minha Lebenslangerschicksalsschatz. Ela é minha Beinaheleidenschaftsgegenstand, sabe? Isso significa ‘Aquilo que é quase aquilo que você quer, mas não completamente.’ E é isso o que Victoria é pra mim.
– Mas como sabe que ela não é Lebenslangerschicksalsschatz? Talvez com o passar dos anos ela se torne mais Lebenslangerschicksalsschatz.
– Não, não, não. Lebenslangerschicksalsschatz não é algo que se desenvolve ao longo do tempo, é algo que acontece instantaneamente. Atravessa você como água de um rio depois da tempestade, preenchendo e esvaziando você ao mesmo tempo. Você sente isso em todo o seu corpo. Nas suas mãos. No seu coração. No seu estômago. Na sua pele. Já se sentiu assim com alguém?
– Acho que sim.
– Se tem que pensar a respeito é porque não sentiu.
– E tem absoluta certeza que encontrará isso um dia?
– É claro. Eventualmente todo mundo encontrará. Só que nunca saberá onde ou quando.”

(How I Met Your Mother)

Marina Barbieri

quarta-feira, 22 de abril de 2015

TAMANHO DE BUMBUM NAS MULHERES ESTÁ RELACIONADO COM O SEU GRAU DE INTELIGÊNCIA

levantamento1 Segundo uma pesquisa realizada por cientistas da Universidade de Oxford, ter as nádegas de um tamanho considerável previne o desenvolvimento de diabetes. Por sua vez, determinaram que as mulheres que possuem um traseiro grande e cintura fina, são mais inteligentes que o restante.
O corpo feminino acumula gordura em muitas partes, como os seios, o abdômen ou as pernas, mas muitas garotas guardam grandes reservas nos glúteos, algo que tem mais vantagens do que poderiam imaginar.
Os cientistas analisaram e compararam a gordura do abdômen feminino com as das pernas, cadeiras e nádegas, encontrando que a gordura proveniente da parte baixa do corpo das mulheres previne o desenvolvimento de diabetes, graças à quantidade e tipo de hormônios que contém. Estas gorduras produzem hormônios que ajudam a metabolizar açúcares e outros lipídeos de forma mais fácil, ao contrário da gordura abdominal que segrega hormônios com o efeito contrário.
De qualquer forma, não se trata de que as mulheres devam comer a mais. O benefício do traseiro avantajado é determinado pela genética, portanto ainda não é possível alterar o bumbum por meio de hábitos alimentícios.
tamanho-bumbumOutras descobertas similares, que fazem pensar que as mulheres com traseiros grandes são capazes de viver mais e melhor, são os realizadas pelas universidades de Califórnia e Pittsburgh. Pesquisadores destas instituições descobriram que as mulheres desbundantes e com largas cadeiras, mas com cinturas finas, são mais inteligentes que as demais.
A inteligência destas voluptuosas garotas, deve-se aos ácidos graxos Omega 3 que se acumulam ali e que intervêm no desenvolvimento do cérebro. Os pesquisadores analisaram dados de 16 mil mulheres, concluindo que ao comparar as medidas da cadeira com a cintura, a proporção ideal resulta de 0.6 e 0.7.
O professor Konstantinos Manolopoulos, que encabeçou a equipe da Universidade de Oxford, assegura que as mulheres com mais gordura nas nádegas têm níveis menores de colesterol e glicemia. Ter um grande traseiro também favorece os níveis de leptina no corpo feminino. A leptina é um hormônio que se encarrega de regular o peso; bem como a dinopectina, hormônio com efeitos anti-inflamatórios, vasculoprotetores e anti-diabéticos.
O tecido adiposo dos glúteos grandes prende as partículas gordas daninhas e evita padecimentos cardiovasculares. Outros interessantes resultados destas pesquisas foram que, ao que parece, os filhos nascidos de mães com cadeiras mais largas são intelectualmente superiores aos filhos de mães menos voluptuosas.


Fonte: http://dicasdeamor.com/tamanho-de-bumbum-nas-mulheres-esta-relacionado-com-o-seu-grau-de-inteligencia/

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

A moça do vestido azul

vesido azul QUANDO ELE ABRIU O GUARDA-ROUPA, UMA ANGUSTIA LHE VEIO FORTEMENTE.

Paulo passeava com sua esposa Sara comemorando o primeiro mês do casamento feliz e tanto esperado por ambos. De um relance ele percebeu que Sara olhava com empolgação para um belo vestido azul que se destacava numa vitrine recheada de produtos finos. O olhar dela brilhava ao olhar para aquele vestido.

Percebendo que ao mesmo tempo em que olhava para a vitrine ela se sentia incomodada por não estarem suficentes sólidos financeiramente ainda para comprar aquela maravilhosa peça, Paulo se sentiu impotente.

Paulo então, no outro dia, saiu algumas horas antes do seu trabalho e foi até aquela chique loja onde aquele vestido azul estava a venda. Mesmo custando um valor acima dos padrões financeiros do casal, Paulo resolveu comprar pois a felicidade da sua esposa Sara era muito importante para ele.

Chegando em casa, recebeu aquele carinho habitual da sua Sara e então pediu a ela que fechasse os olhos que ele queria lhe presentar pelo primeiro mês de casamento. Quando ela abriu os olhos e viu aquele divino vestido azul que no dia anterior havia lhe feito sonhar, não conteve as lágrimas. Se abraçou naquela peça e a primeira coisa que lhe passou pela cabeça foi "só usarei em ocasiões especiais".

E assim Sara fez. Sempre que Paulo lhe perguntava se não iria usar o vestido azul ela respondia: -"Só usarei em ocasiões especiais. É minha melhor roupa, não posso ficar usando sempre."

E os anos passaram e ela nem sequer tirou o vestido azul de um plástico que recobria e que o mantinha lindo como quando ela o viu na loja. Sara sempre olhava para ele mas não usava esperando uma ocasião especial.

Numa noite, Paulo chegou em casa e encontrou Sara desmaiada na poltrona da sala e sem sucesso tentou acorda-la. Chamado socorro a ambulância chegou em seguida e Sara foi levada para o hospital ainda com vida mas respirando com dificuldades. A notícia veio em seguida e chocou Paulo e seus familiares. Um câncer em estado terminal que se manifestou apenas naquele dia e foi fatal.

Sara havia talvez escondido que sentia algo estranho no seu corpo para não incomodar seu amado Paulo.

Quando saia de casa para voltar ao hospital liberar o corpo de Sara, ele carregava uma caixa em baixo dos braços, a familia e alguns amigos vieram dar condolências ao Paulo e lhe perguntaram o que ele carregava ali naquela caixa. Ele então abriu a embalagem e mostou a todos aquele lindo vestido azul e contou a eles que o presente que ela queria usar apenas numa ocasião especial, seguiria naquele momento com ela para a eternidade.

E você? Guarda algum vestido azul?

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Mulheres Chefes de Família

 

 

Em 1995, a imprensa anunciava: 1 em cada 5 famílias brasileiras era chefiada por mulheres, que acumulavam o trabalho fora de casa e a educação dos filhos. Elas assumiam a função de pai e mãe dentro do lar. Coisa antiga, não? Desde os tempos coloniais muitas mulheres se viam nesta situação. Só que, antes, o hábito não era contabilizado. Segundo reportagem da revista Veja na época, as Famílias Chefiadas por Mulheres (FCM) estavam em toda a parte. Desde a profissional de tailleur azul-marinho à empregada doméstica, a maior variação ficava por conta da geografia. No Rio de Janeiro, a porcentagem de mulheres chefes de família era maior do que a média nacional: 25% das residências, situação semelhante à que se observava, à época, nos Estados Unidos. Ainda assim, sua presença era cada vez mais comum no Brasil inteiro. Em 1970, por exemplo, totalizava 13%.

Sociólogos, antropólogos e historiadores constatavam a mais espetacular modificação na forma de estruturação da vida privada desde a Idade Média, quando se consolidaram os pilares da família atual no Ocidente: monogâmica, nuclear. As FCM confirmavam: mulheres não se conformavam mais com as misérias e os sofrimentos de um casamento que não deu certo; punham um fim e seguiam em frente, no esforço de encontrar a própria felicidade.

Há 25 anos, a mulher separada era considerada uma prostituta pela sociedade, e os filhos, apontados como crianças necessariamente problemáticas na escola. Muitas mulheres se mantinham casadas só para evitar o estigma da separação”, sublinhou o advogado paulista Sérgio Cruz Filho.

A realidade desmentia até mesmo a lenda de que filhos longe do pai teriam desempenho escolar ruim. Uma pesquisa feita na região metropolitana de São Paulo mostrou que os filhos de FCM de classe média tinham desempenho até melhor do que o das crianças com o pai em casa, pois as mães seriam mais exigentes consigo mesmas e com a prole. Segundo dados do IBGE, em 1985, houve 76.000 separações judiciais e a homologação de 36.000 divórcios. Considerando que no Brasil cada casal tinha em média 4 filhos, estima-se que só naquele ano o número de filhos de pais separados tenha alcançado o número de 440 mil crianças.

Os anos 1980 assistiram ao declínio da nupcialidade, ao aumento das uniões informais e à formalização das separações. Demógrafos lembram que a crise econômica, então, interferiu no comportamento dos casais. A nova Constituição de 1988 passou a facilitar os divórcios; não mais se exigia que as pessoas permanecessem juntas depois de ter acabado o amor. Também era cada vez mais raro evitar uma separação pelo temor de que era preciso pensar nos filhos, não só porque todas as crianças, sem exceção e desde o primeiro ano de idade, tinham pelo menos um amiguinho cujos pais já haviam se separado, o que as poupava de se sentirem segregadas, mas também porque era difícil acreditar que ser criado no interior de um inferno conjugal pudesse fazer bem a uma criança.

As taxas de divórcio, que marcaram o desfecho dos casamentos, provavam que cada vez menos a religião ou as tradições familiares tinham o poder de interferir na vida pessoal das brasileiras. Uma conclusão parecia inevitável: sinônimo de maior liberdade, a metamorfose da família podia ser contabilizada na coluna dos ganhos sociais. E isso era recente, num país onde o divórcio só foi aprovado em 1977. Outra mudança notável: deixara de ser vergonha, e ao contrário tornou-se quase uma exigência que a mulher tivesse o seu lugar ao sol no mercado de trabalho. Ambas as mudanças – aumento do divórcio e participação da mulher no universo profissional – estavam muito relacionadas.

Nas famílias latinas, que marcam a nossa cultura, o pai é o defensor da honra da mulher. Na ausência dele, é o irmão. Na hora de brigar no condomínio, na oficina mecânica, de alugar um apartamento, uma mulher descasada tinha, até há bem pouco tempo, dificuldades imensas”, explicou a cientista social Maria Coleta Oliveira, do Núcleo de Estudos Populacionais da Universidade de Campinas (UNICAMP). “Hoje, isso está mudando nos grandes centros urbanos uma vez que as mulheres estão se inteirando de que podem conquistar espaços que não existiam antes”. Poucas mulheres com mais de 50 anos logravam se casar com homens com menos de 25.

Ainda segundo a reportagem da revista Veja, alimentado e bem servido, o marido costumava ir embora quando fazia um bom progresso na carreira. Por coincidência, era quase sempre nesse ponto que ele concluía ser um tédio o seu casamento e resolvia se interessar por mulheres mais jovens. Na esmagadora maioria dos casos, informaram os advogados especializados em apartar casais em litígio, uma separação começava quando ele arrumava uma amante. Como ganhava pouco – ou não ganhava nada, pois cuidar da ninhada e pilotar o fogão sempre fora sua tarefa sagrada –, a esposa, já envelhecida, precisava arranjar um trabalho. Doravante, não teria ajuda nem para trocar uma lâmpada. Entre mamadeiras e lição de casa, a babá que não vinha e o almoço que não ficou pronto, era bem mais difícil encontrar um 2º marido, mesmo porque agora a urgência era arrumar um emprego. Enquanto isso, o marido, mesmo barrigudo e careca, muito menos vigoroso, estaria livre, desimpedido e com algum dinheiro no bolso para encontrar alguém capaz de chamá-lo de “gato”.

 

O homem não esquenta lugar no mundo dos solitários”, afirmou a demógrafa Elza Berquó, pesquisadora do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap). Para elas, contudo, tão delicado quanto a separação era o ritual que levava uma mãe a apresentar o novo namorado aos seus filhos. O cuidado se explicava pelo temor de que o novo marido obrigasse a mulher a diminuir a atenção que prestava às crianças, que já não podiam contar com a presença do pai. Havia ainda o receio de que um 2º casamento não desse certo, quando então, vencidas as barreiras iniciais, os filhos teriam de passar por uma segunda perda afetiva.

Nessa época, um abismo separava a condição de ex-casados. Não se condenava, e até se estimulava, que o ex-marido competisse em festas para levar uma medalha de dom-juan para casa. A ex-mulher que fizesse fama como caçadora, entretanto, seria apedrejada pela vizinhança. Graças às separações, os custos subiam e o padrão de vida caía. Segundo uma pesquisa da Fipe/USP, quando o marido saía de casa e ia morar sozinho, todos se tornavam 25% mais pobres. Caso o marido tivesse outra mulher para sustentar, a queda chegaria a 35%. Se houvesse outros filhos, o arrocho seria de 50%. Quem tinha de correr atrás do prejuízo era a mulher. Se não trabalhava, iria procurar emprego. Se fizesse meio período, teria de cumprir uma jornada inteira. Mesmo que o marido lhe pagasse uma pensão de 50% sobre seus vencimentos, o que era raro, na pura matemática do supermercado e da mensalidade escolar seria ele o menos prejudicado.

Bem mais dramática era a situação das mulheres chefes de família que se encontravam do lado de baixo da pirâmide social brasileira. Ali também se operava a mesma mudança nos costumes que agitava as camadas altas, porém com uma diferença: não foram os costumes liberais que colocaram o Nordeste como sendo a 1ª região do país em número de FCM; foi a miséria, que empurrou os maridos para longe, em grandes fluxos migratórios, para onde partiram sozinhos, deixando mulheres e filhos para trás. Tal como no passado, mulheres pobres sempre se ajudaram: umas com mantimentos, outras com vestuário, outras ainda com o bujão de gás. Esse matriarcado na pobreza não supriu todas as necessidades, mas sem ele a degradação teria sido maior.

Artigo de opinião da historiadora Mary del Priore 

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