Coloco aqui minhas reflexões, minhas poesias, poesia de terceiros, textos, algumas brincadeiras e muita paz de espírito.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Caí no Mundo e não sei como voltar

O que acontece comigo é que não consigo andar pelo mundo pegando coisas e trocando-as pelo modelo seguinte só por que alguém adicionou uma nova função ou a diminuiu um pouco.

fraldas Não faz muito, com minha mulher, lavávamos as fraldas dos filhos, pendurávamos na corda junto com outras roupinhas, passávamos, dobrávamos e as preparávamos para que voltassem a serem sujadas.

E eles, nossos nenês, apenas cresceram e tiveram seus próprios filhos se encarregaram de atirar tudo fora, incluindo as fraldas. Se entregaram, inescrupulosamente, às descartáveis!

Sim, já sei. À nossa geração sempre foi difícil jogar fora. Nem os defeituosos conseguíamos descartar! E, assim, andamos pelas ruas, guardando o muco no lenço de tecido, de bolso.

Nããão! Eu não digo que isto era melhor. O que digo é que, em algum momento, me distraí, caí do mundo e, agora, não sei por onde se volta.

O mais provável é que o de agora esteja bem, isto não discuto. O que acontece é que não consigo trocar os instrumentos musicais uma vez por ano, o celular a cada três meses ou o monitor do computador por todas as novidades.

Guardo os copos descartáveis! Lavo as luvas de látex que eram para usar uma só vez.

Os talheres de plástico convivem com os de aço inoxidável na gaveta dos talheres! É que venho de um tempo em que as coisas eram compradas para toda a vida! relógio de parede

É mais! Se compravam para a vida dos que vinham depois! A gente herdava relógios de parede, jogos de copas, vasilhas e até bacias de louça. 

E acontece que em nosso, nem tão longo matrimônio, tivemos mais cozinhas do que as que haviam em todo o bairro em minha infância, e trocamos de refrigerador três vezes.

Nos estão incomodando! Eu descobri! Fazem de propósito! Tudo se lasca, se gasta, se oxida, se quebra ou se consome em pouco tempo para que possamos trocar.

Nada se arruma. O obsoleto é de fábrica.

Aonde estão os sapateiros fazendo meia-solas dos tênis Nike? Alguém viu algum colchoeiro encordoando colchões, casa por casa? Quem arruma as facas elétricas? o afiador ou o eletricista? Haverá teflon para os funileiros ou assentos de aviões para os talabarteiros?

Tudo se joga fora, tudo se descarta e, entretanto, produzimos mais e mais e mais lixo. Outro dia, li que se produziu mais lixo nos últimos 40 anos que em toda a história da humanidade.

Quem tem menos de 30 anos não vai acreditar: quando eu era pequeno, pela minha casa não passava o caminhão que recolhe o lixo! Eu juro! E tenho menos de ... anos! Todos os descartáveis eram orgânicos e iam parar no galinheiro, aos patos ou aos coelhos (e não estou falando do século XVII). Não existia o plástico, nem o nylon. A borracha só víamos nas rodas dos autos e, as que não estavam rodando, as queimávamos na Festa de São João. Os poucos descartáveis que não eram comidos pelos animais, serviam de adubo ou se queimava.

Desse tempo venho eu.  E não que tenha sido melhor.... É que não é fácil para uma pobre pessoa, que educaram com "guarde e guarde que alguma vez pode servir para alguma coisa", mudar para o "compre e jogue fora que já vem um novo modelo".fita-cassete

Troca-se de carro a cada 3 anos, no máximo, por que, caso contrário, és um pobretão. Ainda que o carro que tenhas esteja em bom estado... E precisamos viver endividados, eternamente, para pagar o novo! Mas... por amor de Deus!

Minha cabeça não resiste tanto. Agora, meus parentes e os filhos de meus amigos não só trocam de celular uma vez por semana, como, além disto, trocam o número, o endereço eletrônico e, até, o endereço real.

E a mim que me prepararam para viver com o mesmo número, a mesma mulher e o mesmo nome (e vá que era um nome para trocar). Me educaram para guardar tudo. Tuuuudo! O que servia e o que não servia. Por que, algum dia, as coisas poderiam voltar a servir.

Acreditávamos em tudo. Sim, já sei, tivemos um grande problema: nunca nos explicaram que coisas poderiam servir e que coisas não. E no afã de guardar (por que éramos de acreditar), guardávamos até o umbigo de nosso primeiro filho, o dente do segundo, os cadernos do jardim de infância e não sei como não guardamos o primeiro cocô.

Como querem que entenda a essa gente que se descarta de seu celular a poucos meses de o comprar? Será que quando as coisas são conseguidas tão facilmente, não se valorizam e se tornam descartáveis com a mesma facilidade com que foram conseguidas?telefone-antigo

Em casa tínhamos um móvel com quatro gavetas. A primeira gaveta era para as toalhas de mesa e os panos de prato, a segunda para os talheres e a terceira e a quarta para tudo o que não fosse toalha ou talheres. E guardávamos.

Como guardávamos! Tuuuudo! Guardávamos as tampinhas dos refrescos! Como, para quê?  Fazíamos limpadores de calçadas, para colocar diante da porta para tirar o barro. Dobradas e enganchadas numa corda, se tornavam cortinas para os bares. Ao fim das aulas, lhes tirávamos a cortiça, as martelávamos e as pregávamos em uma tabuinha para fazer instrumentos para a festa de fim de ano da escola.

Tuuudo guardávamos! Enquanto o mundo espremia o cérebro para inventar acendedores descartáveis ao término de seu tempo, inventávamos a recarga para acendedores descartáveis. E as Gillette até partidas ao meio se transformavam em apontadores por todo o tempo escolar. E nossas gavetas guardavam as chavezinhas das latas de sardinhas ou de corned-beef, na possibilidade de que alguma lata viesse sem sua chave.

E as pilhas! As pilhas das primeiras Spica passavam do congelador ao telhado da casa. Por que não sabíamos bem se se devia dar calor ou frio para que durassem um pouco mais. Não nos resignávamos que terminasse sua vida útil, não podíamos acreditar que algo vivesse menos que um jasmim. As coisas não eram descartáveis. Eram guardáveis.
Os jornais! Serviam para tudo: para servir de forro para as botas de borracha, para por no piso nos dias de chuva e por sobre todas as coisa para enrolar.

almanaquedobiotonicoreproducao Às vezes sabíamos alguma notícia lendo o jornal tirado de um pedaço de carne! E guardávamos o papel de alumínio dos chocolates e dos cigarros para fazer guias de enfeites de natal, e as páginas dos almanaques para fazer quadros, e os conta-gotas dos remédios para algum medicamento que não o trouxesse, e os fósforos usados por que podíamos acender uma boca de fogão (Volcán era a marca de um fogão que funcionava com gás de querosene) desde outra que estivesse acesa, e as caixas de sapatos se transformavam nos primeiros álbuns de fotos e os baralhos se reutilizavam, mesmo que faltasse alguma carta, com a inscrição a mão em um valete de espada que dizia "esta é um 4 de bastos".

As gavetas guardavam pedaços esquerdos de prendedores de roupa e o ganchinho de metal. Ao tempo esperavam somente pedaços direitos que esperavam a sua outra metade, para voltar outra vez a ser um prendedor completo.

Eu sei o que nos acontecia: nos custava muito declarar a morte de nossos objetos. Assim como hoje as novas gerações decidem matá-los tão-logo aparentem deixar de ser úteis, aqueles tempos eram de não se declarar nada morto: nem a Walt Disney!

E quando nos venderam sorvetes em copinhos, cuja tampa se convertia em base, e nos disseram: Comam o sorvete e depois joguem o copinho fora, nós dizíamos que sim, mas, imagina que a tirávamos fora! As colocávamos a viver na estante dos copos e das taças. As latas de ervilhas e de pêssegos se transformavam em vasos e até telefones. As primeiras garrafas de plástico se transformaram em enfeites de duvidosa beleza. As caixas de ovos se converteram em depósitos de aquarelas, as tampas de garrafões em cinzeiros, as primeiras latas de cerveja em porta-lápis e as cortiças esperaram encontrar-se com uma garrafa.

E me mordo para não fazer um paralelo entre os valores que se descartam e os que preservávamos. Ah!!! Não vou fazer!

Morro por dizer que hoje não só os eletrodomésticos são descartáveis; também o m-cristaleiras-antigas-jardim-atlanticoatrimônio e até a amizade são descartáveis. Mas não cometerei a imprudência de comparar objetos com pessoas.

Me mordo para não falar da identidade que se vai perdendo, da memória coletiva que se vai descartando, do passado efêmero. Não vou fazer.

Não vou misturar os temas, não vou dizer que ao eterno tornaram caduco e ao caduco fizeram eterno.

Não vou dizer que aos velhos se declara a morte apenas começam a falhar em suas funções, que aos cônjuges se trocam por modelos mais novos, que as pessoas a que lhes falta alguma função se discrimina o que se valoriza aos mais bonitos, com brilhos, com brilhantina no cabelo e glamour.

Esta só é uma crônica que fala de fraldas e de celulares. Do contrário, se misturariam as coisas, teria que pensar seriamente em entregar à bruxa, como parte do pagamento de uma senhora com menos quilômetros e alguma função nova. Mas, como sou lento para transitar este mundo da reposição e corro o risco de que a bruxa me ganhe a mão e seja eu o entregue.


Desconheço o autor

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Carta de um policial a um bandido

Senhor Bandido,

Esse termo de senhor que estou usando é para evitar que macule sua imagem ao lhe chamar de bandido, marginal, delinquente ou outro atributo que possa ferir sua dignidade, conforme orientações de entidades de defesa dos Direitos Humanos.

Durante vinte e quatro anos anos de atividade policial, tenho acompanhado suas "conquistas" quanto a preservação de seus direitos, pois os cidadãos e especialmente nós policiais estamos atrelados às suas vitórias, ou seja, quanto mais direito você adquire, maior é  nossa obrigação de lhe dar segurança e de lhe encaminhar para um julgamento justo, apesar de muitas vezes você não dar esse direito as suas vítimas. Todavia, não cabe a mim contrariar a lei, pois ensinaram-me que o Direito Penal é a ciência que protege o criminoso, assim como o Direito do Trabalho protege o trabalhador, e assim por diante.

quem gosta de policia e bandidoQuestiono que hoje em dia você tem mais atenção do que muitos cidadãos e policiais. Antigamente você se escondia quando avistava um carro da polícia; hoje, você atira, porque sabe que numa troca de tiros o policial sempre será irresponsável em revidar. Não existe bala perdida, pois a mesma sempre é encontrada na arma de um policial ou pelo menos sua arma é a primeira a ser suspeita.

Sei que você é um pobre coitado. Quando encarcerado, reclama que não possuímos dependência digna para você se ressocializar. Porém, quero que saiba que construímos mais penitenciárias do que escolas ou espaço social, ou seja, gastamos mais dinheiro para você voltar ao seio da sociedade de forma digna do que com a segurança pública para que a sociedade possa viver com dignidade.

Quando você mantém um refém, são tantas suas exigências que deixam qualquer grevista envergonhado. Presença de advogados, imprensa, colete à prova de balas, parentes, até juízes e promotores você consegue que saiam de seus gabinetes para protegê-los. Mas se isso é seu direito, vamos respeitá-lo.policia_bandido1

Enfim, espero que seus direitos de marginal não se ampliem, pois nossa obrigação também aumentará. Precisamos nos proteger. Ter nossos direitos, não de lhe matar, mas sim de viver sem medo de ser um policial. Dois colegas de vocês morreram, assim como dois de nossos policiais sucumbiram devido ao excesso de proteção aos seus direitos. Rogo para que o inquérito policial instaurado, o qual certamente será acompanhado por um membro do Ministério Público e outro da Ordem dos
Advogados do Brasil, não seja encerrado com a conclusão de que houve execução, ou melhor, violação aos Direitos Humanos, afinal, vocês morreram em pleno exercício de seus direitos.

Este texto circula como de Autoria de Wilson Ronaldo Monteiro - Delegado da Polícia Civil do Pará, mas não tenho certeza se é dele ou se essa pessoa existe

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

UMA TABELA PARA TER À MÃO

Maçã

Protege o seu coração

Evita  constipação

Bloqueia a diarreia

Melhora  capacidade dos pulmões

Amortece as articulações

Damasco

Previne o câncer

Controla a pressão arterial

Protege a sua visão

Protege contra a doença de Alzheimer

Retarda o envelhecimento

Alcachofra

Ajuda na digestão

Baixa o colesterol

Protege o seu coração

Estabiliza o açúcar no sangue

Protege contra doenças do fígado

Abacate

Combate as diabetes

Baixa o colesterol

Previne as tromboses AVC

Controla pressão arterial

Suaviza a pele

Banana

Protege o seu coração

Atenua a tosse

Fortalece os ossos

Controla a pressão arterial

Bloqueia a diarreia

Feijão

Evita constipações

Atenua a hemorróida

Baixa o colesterol

Previne o câncer

Estabiliza o açúcar no sangue

Beterraba

Controla a pressão arterial

Previne o câncer

Fortalece os ossos

Protege o seu coração

Ajuda a perder peso

Baga de Mirtilho

Previne o câncer

Protege o seu coração

Estabiliza o açúcar no sangue

Estimula a memória

Evita a Constipação

Brócolos

Fortalece os Ossos

Protege a Visão

Previne o câncer

Protege o seu coração

Controla a pressão arterial

Couve

Previne o câncer

Evita a prisão ventre

Ajuda a perder peso

Protege o seu coração

Atenua a hemorróida

Melão

Protege a Visão

Controla a pressão arterial

Baixa o colesterol

Previne o câncer

Fortalece o sistema imunológico

Cenoura

Protege a Visão

Protege o seu coração

Evita a prisão de ventre

Previne o câncer

Ajuda a perder peso

Couve-Flor

Previne o câncer da Próstata

Previne o câncer da Mama

Fortalece os ossos

Elimina escoriações

Previne a doença do coração

Cereja

Protege o seu Coração

Previne o câncer

Acaba com as insônias

Tarda o envelhecimento

Protege contra a doença de Alzheimer

Castanha

Ajuda a perder peso

Protege o seu coração

Baixa o colesterol

Previne o câncer

Controla a pressão arterial

Pimentão picante

Ajuda na digestão

Suaviza as dores da garganta

Remove abscessos

Previne o  câncer

Fortalece o sistema imunológico

Figo

Ajuda a perder peso

Previne as tromboses AVC

Baixa o colesterol

Previne o câncer

Controla a pressão arterial

Peixe

Protege o seu coração

Estimula a memória

Protege o seu coração

Previne o câncer

Fortalece o sistema imunológico

Linho

Ajuda a digestão

Combate as diabetes

Protege o seu coração

Fortalece o cérebro

Fortalece o sistema imunológico

Alho

Baixa o colesterol

Controla a pressão arterial

Previne o câncer

Mata  bactérias

Combate Fungos

Toranja

Protege contra ataques cardíacos

Promove a perda de peso

Previne as tromboses AVC

Previne o  câncer da Próstata

Baixa o colesterol

Uva

Protege a Visão

Previne pedra nos rins

Previne o câncer

Aumenta o fluxo de sangue

Protege o seu coração

Chá Verde

Previne o  câncer

Protege o seu coração

Previne as tromboses AVC

Ajuda a perder peso

Mata bactérias

Mel

Cura Feridas

Ajuda a digestão

Previne contra Úlceras

Aumenta a energia

Combate alergias

Limão

Previne o câncer

Protege o seu coração

Controla a pressão arterial

Suaviza a pele

Elimina o escorbuto

Lima

Previne o câncer

Protege o seu coração

Controla a pressão arterial

Suaviza a pele

Elimina o escorbuto

Manga

Previne o câncer

Estimula a memória

Regula a tiróide

Ajuda na digestão

Protege contra a doença de Alzheimer

Cogumelo

Controla a pressão arterial

Baixa o colesterol

Mata bactérias

Previne o câncer

Fortalece os ossos

Aveia

Baixa o colesterol

Previne o câncer

Combate a  diabetes

Evita constipação

Suaviza a pele

Azeite doce

Protege o seu coração

Ajuda a perder peso

Previne o câncer

Combate a diabetes

Suaviza a pele

Cebola

Reduz  risco de ataque cardíaco

Previne o câncer

Mata bactérias

Baixa o colesterol

Combate Fungos

Laranjas

Fortalece o sistema imunológico

Previne o câncer

Protege o seu coração

Favorece a respiração

Elimina o escorbuto

Peras

Evita a Constipação

Previne o câncer

Previne as tromboses AVC

Ajuda a digestão

 

 

Ananás

Fortalece os ossos

Alivia a febre

Ajuda a digestão

Bloqueia a diarreia

 

 

Ameixas

Tarda o envelhecimento

Evita Constipação

Estimula a memória

Baixa o colesterol

Protege contra doença do coração

Arroz

Protege o seu coração

Combate a diabetes

Previne pedra nos rins

Previne o câncer

Previne as tromboses AVC

Morango

Previne o câncer

Protege o seu coração

Estimula a memória

Acalma o  stress

 

Batata doce

Protege a sua Visão

Levanta a disposição

Combate o câncer

Fortalece os ossos

 

Tomate

Previne o  câncer na próstata

Previne o câncer

Baixa o colesterol

Protege o seu Coração

 

Nozes

Baixa o colesterol

Previne o câncer

Estimula a memória

Melhora a disposição

Protege contra doenças do coração

Água

Ajuda a perder peso

Previne o câncer

Previne pedra nos rins

Suaviza a pele

 

Melancia    

Previne o câncer na próstata

Promove a perda de peso

Baixa o colesterol

 

 

 

 

 

quarta-feira, 18 de julho de 2012

MELHOR IDADE?

Prazeres da "melhor idade"

A voz em Congonhas anunciou: "Clientes com necessidades especiais, crianças de colo, melhor idade, gestantes e portadores do cartão tal terão preferência etc.". Num rápido exercício intelectual, concluí que, não tendo necessidades especiais, nem sendo criança de colo, gestante ou portador do dito cartão, só me restava a "melhor idade" - algo entre os 60 anos e a morte.

Para os que ainda não chegaram a ela, "melhor idade" é quando você pensa duas vezes antes de se abaixar para pegar o lápis que deixou cair e, se ninguém estiver olhando, chuta-o para debaixo da mesa. Ou, tendo atravessado a rua fora da faixa, arrepende-se no meio do caminho porque o sinal abriu e agora terá de correr para salvar a vida. Ou quando o singelo ato de dar o laço no pé esquerdo do sapato equivale, segundo o João Ubaldo Ribeiro, a uma
modalidade olímpica.

Privilégios da "melhor idade" são o ressecamento da pele, a osteoporose, as placas de gordura no coração, a pressão lembrando placar de basquete americano, a falência dos neurônios, as baixas de visão e audição, a falta de ar, a queda de cabelo, a tendência à obesidade e as disfunções sexuais. Ou seja, nós, da "melhor idade", estamos com tudo, e os demais podem ir lamber sabão.

Outra característica da "melhor idade" é a disponibilidade de seus membros para tomar as montanhas de Rivotril, Lexotan e Frontal que seus médicos lhes receitam e depois não conseguem retirar.

Outro dia, bem cedo, um jovem casal cruzou comigo no Leblon. Talvez vendo em mim um pterodáctilo da clássica boemia carioca, o rapaz perguntou:

- Voltando da farra, Ruy? Respondi, eufórico:

- Que nada! Estou voltando da farmácia!. E esta, de fato, é uma grande vantagem da "melhor idade": você extrai prazer de qualquer lugar a que ainda consiga ir.

Primeiro, a aposentadoria é pouca e você tem que continuar a trabalhar para melhorar as coisas.
Depois vem a condução.

Você fica exposto no ponto do ônibus com o braço levantado esperando que algum motorista de ônibus te dê uns 60 anos.

Olha... a analise dele é rápida. Leva uns 20 metros e, quando pára, tem a discussão se você tem mais de 60 ou não.
No outro dia entrei no ônibus e fui dizendo:

- Sou deficiente.

O motorista me olhou de cima em baixo e perguntou:

- Que deficiência você tem?

- Sou broxa!

Ele deu uma gargalhada e eu entrei.

Logo apareceu alguém para me indicar um remédio. Algumas mulheres curiosas ficaram me olhando e rindo... Eu disse bem baixinho para uma delas:

- Uma mentirinha que me economizou R$ 3,00, não fica triste não.

Bem... fui até a pedra do Arpoador ver o por do sol. Subi na pedra e pensei em cumprir a frase. Logicamente velho tem mais dificuldade. Querem saber? Primeiro, tem sempre alguém que quer te ajudar a subir: " Dá a mão aqui, senhor!!! " Hum, dá a mão é o cacete, penso, mas o que sai é um risinho meio sem graça. Sentar na pedra e olhar a paisagem. É, mas a pedra é dura e velho já perdeu a bunda e quando senta sente os ossos em cima da pedra, o que me faz ter que trocar de posição a toda hora. Para ver a paisagem não pode deixar de levar os óculos se não, nada vê.
Resolvo ficar de pé para economizar os ossos da bunda e logo passa um idiota e diz:

- O senhor está muito na beira pode ter uma tontura e cair.

Resmungo entre dentes: ... "só se cair em cima da sua mãe"... mas, dou um risinho e digo que está tudo bem.
Esta titica deste sol esta demorando a descer, então eu é que vou descer, meus pés já estão doendo e o sol nada.
Vou pensando - enquanto desço e o sol não - Volto de metrô é mais rápido... Já no metrô, me encaminho para a roleta dos idosos, e lá esta um puto de um guarda que fez curso, sei eu em que faculdade, que tem um olho crítico de
consegue saber a idade de todo mundo. Olha sério para mim, segura a roleta e diz:

- O senhor não tem 65 anos, tem que pagar a passagem.

A esta altura do campeonato eu já me sinto com 90, mas quando ele me reconhece mais moço, me irrompe um fio de alegria e vou todo serelepe comprar o ingresso. Com os pés doendo fico em pé, já nem lembro do sol, se baixou ou não dane-se. Só quero chegar em casa e tirar os sapatos... Lá estou eu mergulhado em meus profundos pensamentos, uma ligeira dor de barriga se aconchega... Durante o trajeto não fui suficientemente rápido
para sentar nos lugares que esvaziavam... Desisti... lá pelo centro da cidade, eu me segurando, dei de olhos com uma menina de uns 25 anos que me encarava... Me senti o máximo. Me aprumei todo, estufei o peito, fiz força no braço para o bíceps crescer e a pelanca ficar mais rígida, fiquei uns 3 dias mais jovem. Quando já contente, pelo menos com o flerte, ela ameaçou falar alguma coisa, meu coração palpitou. É agora... Joguei um olhar 32 ( aquele olhar de Zé Bonitinho) ela pegou na minha mão e disse:

- O senhor não quer sentar? Me parece tão cansado?

Melhor Idade?

De RUY CASTRO

terça-feira, 22 de maio de 2012

"Jantei com meu marido... e a amante dele"

Descobrir que ele tem outra é no mínimo um choque — e as reações, imprevisíveis. A história de Kátia é a maior prova disso: ela convidou a rival para um Natal em família — e para passar uma noite em sua casa

Por Claire Campbell

amantedomarido

KÁTIA, A MULHER
Olhando ao redor na sala onde faremos o nosso jantar de Natal, reparo na disposição dos lugares. Ao meu lado estará meu marido, Márcio. Do outro lado da mesa ficará Ana, a filha de 16 anos de Márcio, e seu namorado. Do outro lado e próximo a Márcio, há um lugar para Rebeca, sua amante há três anos. Ainda me parece irreal não apenas me sujeitar ao fato de meu marido transar com outra mulher, mas que eu a convide para a nossa casa. Mas neste Natal, pela segunda vez, é exatamente isso que farei.

Eu sempre soube que Márcio era assim, desde que o conheci. Atraente, sexualmente confiante e sempre capaz de me fazer rir, era impossível de resistir. E onde quer que nós fôssemos, as mulheres reparavam nele. Rebeca e Márcio se conheceram quando ela veio trabalhar no escritório dele, quatro anos atrás. Ela já havia participado de jantares em nossa casa antes que eu suspeitasse de algo entre os dois. É uma loira atraente, de olhos verdes e humor afiado. Gostei dela logo de cara.

Por isso foi particularmente difícil ter encontrado, em agosto passado, um e-mail que ela enviou a ele. Ainda me lembro como me senti ao ler ‘tenho você colado na minha pele’.

As palavras de Rebeca não eram as de alguém que teve um encontro casual de uma noite, mas as de uma mulher emocional e fisicamente envolvida.

Quando confrontei Márcio a respeito, ele admitiu o caso. E me disse que tinha medo de como se sentiria se não pudesse mais vê-la. Quem estava com medo naquela hora, no entanto, era eu. Afinal, nosso relacionamento acabava de entrar em um terreno delicado. Se eu pressionasse Márcio, poderia perdê-lo para sempre.

Foi nesse momento que decidi não me meter na história do meu marido com a amante dele. Concluí que se eu me tornasse um obstáculo entre eles, o vínculo só aumentaria. Mas se eu os deixasse em paz, poderiam se cansar um do outro. Eu ainda amava Márcio e acreditei quando ele me disse que também me amava. Então, a partir daquele momento, e para grande alívio dele, eu não mencionei mais o caso.

"Se eu me tornasse um obstáculo entre eles, o vínculo aumentaria” (Kátia)

Parecia funcionar. Mesmo sabendo que eles ainda estavam se encontrando, Márcio não demonstrava interesse em abandonar a nossa casa. Se dizia que ia sair, eu não perguntava aonde iria. À essa altura, Rebeca sabia que eu estava a par da situação, mas nunca chegamos a nos confrontar. De certa maneira, eu preferia saber com quem ele estava a imaginar uma namorada fictícia com quem eu jamais poderia competir.

Então, dois dias antes do Natal passado, Márcio voltou do trabalho e disse que Rebeca não conseguiria passar o Natal com os pais no interior. Eu me perguntei se ele planejava vê-la nesse tempo, e entrei em pânico. Subitamente, me ouvi dizer: “Será que ela gostaria de passar o Natal conosco?”. Isso se devia em parte porque eu não queria vê-lo escapulir para ir encontrá-la e, em parte, porque eu me sentia menos ameaçada agora que sabia que ele não queria o divórcio. E, ao menos, esta era uma batalha que eu estava lutando em meu território.

Márcio pareceu um tanto chocado, mas prometeu repassar a pergunta. No dia seguinte, Rebeca me ligou para aceitar o convite. Eu me surpreendi com o tom amistoso na voz e imediatamente imitei seu jeito. Até corri até a loja na véspera do Natal para comprar um frasco de perfume de grife para ela, sabendo (por um recibo de cartão de crédito de Márcio) que aquela era sua fragrância favorita.

Quando Rebeca chegou, ele parecia mais desconfortável do que eu. Eu apresentei Rebeca à família e aos amigos como uma colega de trabalho de Márcio. Na verdade, apenas minha enteada, Ana, suspeitou de algo. Mesmo sem ter dito nada ao pai, ela me disse que achava aquilo ‘nojento’.

Rebeca passou a noite em casa e quando chegou a hora de ela partir, na manhã do dia seguinte, nós estávamos rindo sobre o tempo que Márcio demorava para sair do banheiro, e senti que éramos quase aliadas. Então, neste ano, quando ele me disse que Rebeca pretendia ficar na cidade para o Natal, sugeri que ela se juntasse a nós mais uma vez. Não gosto da ideia de ela passar Natal conosco, mas se Márcio precisa ter uma amante, prefiro aceitá-la a jogá-lo nos braços de outra pessoa.”


http://revistamarieclaire.globo.com/Revista/Common/0,,EMI303704-17737,00-JANTEI+COM+MEU+MARIDO+E+A+AMANTE+DELE.html

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Rainha da disco, Donna Summer morre aos 63

Conhecida como rainha da era das discotecas, a cantora Donna Summer morreu nesta quinta (17), aos 63, na Flórida (EUA). A notícia foi dada pelo site "TMZ" e confirmada pela família pouco depois.

A cantora sofria de câncer, mas não quis torná-lo público. Ela estava trabalhando em um novo álbum.

Donna Summer, que ganhou o Grammy cinco vezes, despontou na cena disco com hits como "Last Dance", "Bad Girls" e "Hot Stuff" --que faz parte da trilha sonora da novela "Avenida Brasil".

dona samer

A diva da disco music Donna Summer durante tributo a Diana Ross em Nova York

A cantora começou sua carreira na música fazendo backing vocal para o grupo Three Dog Night.

Em 1971, como Donna Gaines, ela lançou seu primeiro single, uma cover de "Sally Go 'Round the Roses". Ela se casou em 1972 com o ator austríaco Helmuth Sommer, de quem adotou o sobrenome, modificado para "Summer", e teve sua primeira filha em 1973. Pouco depois, se divorciou.

Summer também foi casada com o músico Bruce Sudano, com quem teve outras duas filhas.

Ainda no início dos anos 70, cantando como backing vocal, Summer conheceu os produtores Giorgio Moroder e Pete Bellotte, nomes que ajudaram a dar forma à era disco. Em 1974, lançou seu primeiro disco, "Lady of the Night".

Em 1975, ela levou a Moroder algumas ideias para a canção que viria a se tornar seu primeiro grande hit, "Love to Love You", lançado na Europa. A música alcançou as pistas dos EUA e do resto do mundo logo depois, como "Love to Love You Baby", chegando à segunda posição na parada "Billboard" em 1976.

A partir daí, reinou absoluta e passou a movimentar as pistas de dança de todo o mundo até o início dos anos 80, quando tentou se lançar em outros estilos musicais.

Summer investiu também na carreira de atriz e apareceu no filme "Até que Enfim é Sexta-Feira" em 1978.

O 17º e último álbum de Donna Summer, "Crayons", foi lançado em 2008.

Numa de suas últimas vindas ao Brasil, Donna Summer fez shows em São Paulo e no Rio, em novembro de 2009.

Veja Donna Summer cantando um de seus maiores sucessos, "I Feel Love", em 1978.

http://www.youtube.com/watch?v=f0h8Pjf4vNM&feature=player_detailpage

Abaixo, outro hit de Summer, "Hot Stuff":

http://www.youtube.com/watch?v=1IdEhvuNxV8&feature=player_detailpage

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...