O hábito de ler é como a prática de esportes. Quanto mais se pratica, mais vontade temos de praticar.
Gostar da leitura é algo que vem com o tempo, mas quanto mais cedo ocorrer o incentivo, melhor. A leitura permite um desenvolvimento cultural e psicológico, levando a criar imaginariamente os cenários apresentados nas histórias, uma forma de desenvolver novas formas de vermos o mundo ao nosso redor.
O baixo índice de leitura entre os brasileiros não só prejudica o indivíduo em si, mas toda a sociedade no todo. A leitura permite percorrer novos caminhos, e que a sociedade se prepare para evitar cair nas “armadilhas” das políticas de massa.
Segundo um levantamento do Instituto Pró-Livro realizado em 2007 com 5.012 entrevistados de todo o país, verificou-se que os brasileiros leem, em média, apenas 1,25 livro p/ano. Esta pesquisa também mostrou que a maior parte dos não-leitores está entre os adultos, na faixa dos 30 aos 70 anos. Que tristeza quando eu penso que leio uma média de 14 livros ao ano, portanto, me encontro totalmente fora da curva.
Para entender porquê estes índices são tão baixos, é preciso analisar alguns aspectos, como por exemplo dados de 2010 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), mostrando como os brasileiros direcionaram seu gastos. Mais de 63% foram destinados para:
§ Alimentação e bebidas (30%);
§ Habitação (16,09%);
§ Transportes (16,35%).
E os 37% restantes para:
§ Educação (3,16%);
§ Vestuário (8,07);
§ Artigos de Residência (5,14%);
§ Saúde e Cuidados Pessoais (9,13%);
§ Comunicação (4,91);
§ Despesas Pessoais (7,15%).
Considerando que mais da metade das famílias brasileiras vive com 1 salário mínimo (510 reais em 2010), comprar apenas 1 livro por 40 reais (preço médio) é, para elas, um gasto quase impossível de realizar...
Outro aspecto é o incentivo à leitura, que não deve partir apenas dos pais e professores, mas também do governo, que teria obrigação de criar meios para que os adultos pudessem adquirir livros por preços menores, o que não ocorre.
Além do programa "Minha Casa, Minha Vida"..., o governo - sempre preocupado com o bem-estar da massa eleitoral - também lançou o programa "Minha Casa Melhor", que é uma linha de crédito (juros de apenas 5% ao ano) para as pessoas menos favorecidas poderem comprar móveis e eletrodomésticos com pagamento parcelado em até 48 meses: sofás, mesas e cadeiras, estantes ou racks, móveis para a cozinha, fogões, geladeiras, lavadoras de roupa, fornos microondas, camas, berços, roupeiros, colchões (inclusive, pasmem, os do tipo box), computadores, notebooks, tablets e tv digitais!!! (relembrando: trata-se de um programa para ajudar as pessoas mais pobres).
Anel de falange ajustável folheado a ouro
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